VIDAS DE CONFRONTOS
VIDAS DE CONFRONTOS
Tu e que nos julgas, observa-te
E mistura todos os teus caprichos,
Dissolve-os bem, em água cristalina
E repara o quanto esta fica turva!...
Olha-te a qual espelho e julga-te,
Preenche todos os negros nichos
E verás que não és água de pura mina,
Assim como a tua vida recta fica curva...
Cheia de ondulações e sequelas,
Rebites de alumínio e quase soltos,
Chapa colorida de ferrugem,
Tal o horrível trato que lhe deste...
Contagiando todos, às tuas mazelas,
Desprezando quantos com teus altos,
Desfilando cores de pavão, tal penugem
E por palcos que nunca mereceste!...
Tu, que nos observas e mais nos julgas,
Faz a sepultura a toda essa tua altivez,
Desce do falso pedestal que construíste,
Sobre inacabada arquitectura de ilusão...
Desperta-te aos demais, aquando madrugas,
Entende-os, pois que também têm a sua vez
E deixando-te dessa arrogância que seguiste,
Sentando-te à mesa, comungando cada razão!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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