TUA FORMA
TUA FORMA
São, tuas majestosas vestes, doiradas,
O confronto duma pele cor de bronze,
Em teus ondulados campos de searas,
No calor de um forno que ainda coze.
Nesses teus contornos e meu desejo,
Relaxo este meu corpo no teu sabor,
No teu omnipotente odor a Alentejo,
Nessa planície, feita espaço de amor.
Esse chilrear, bem conduzida sinfonia
Na batuta de um voo de qualquer ave
E nos embala; onírico som de melodia.
Prometo que voltarei um qualquer dia
E me deleitarei nesse tom de cor suave,
Na busca de um repasto do meio-dia...
( Manuel Nunes Francisco ©® )