TRÊS SEIS CINCO...
TRÊS SEIS CINCO...
Trezentos e sessenta e cinco,
São os dias e algumas horas,
Numa incerteza em que fico
E sem tempo para demoras...
E a que mais alguns acertos,
Tais dias e que em tal afinco,
Dalguns segundos, desertos,
Guardados por outro trinco...
Chegando, assim, novo ano,
Pelas ruas duma amargura,
Quase sempre num engano,
À tua vida e mais que dura,
Tantas, que nem as decoras
E tantos dias que as viveste,
Sem um futuro de melhoras
E esperança que já perdeste...
Mais um e de tantas ilusões,
Esquecendo tal que passou,
Cheio de maiores confusões,
Demais e tempo que durou;
Agora, vivamos a esperança
E de quanto, de novo, advir,
Esquecendo pior lembrança,
Seguindo em frente e sorrir,
Pois que vida é movimento,
Sonhos, passarola frenética,
Fugindo aos frios e do vento
E numa competição atlética...
Promessas e mais certinho,
Eis o pódio que nos espera,
No silêncio e de mansinho,
Rolando, como uma esfera.
Conto as metas que faltam,
À esperança do que quero,
Suturo feridas, que matam,
Deste ano e em desespero...
Promessas, cantos e ventos,
São o que tal nos oferecem,
Vazias palavras e tormentos,
De quanto nos adormecem...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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