TEMPO QUE GALOPA
TEMPO QUE GALOPA
Eu sei e não tenho dúvidas,
Tendo a mais séria certeza,
Que o tempo corre depressa,
Galopa, solto, nalgum vento,
O quer que seja e aconteça,
Tenhamos, ou não, destreza,
Certa alma pura e confessa,
Nas ondas de qual advento,
Ou sono de quem adormeça
E pelas palavras mais lúdicas...
Não tenho qualquer dúvida,
O tempo escapa-nos da mão,
Seja com, ou nenhuma razão,
Pois ninguém controla a vida,
Nessa mais célere despedida
E à morte de mão estendida!...
Tanto sei, que o tempo galopa,
Mais firme que marcha de tropa,
Em treino a derradeiro combate
E sendo esse quem nos abate,
Num mais perfeito confronto
E estórias de qualquer conto!...
Eu sei... ah, como sei e confirmo,
– Acreditem no que tal afirmo! –,
Quer omitamos o tempo a chamar,
Oiçamos o vento da vida a soprar,
Ninguém saberá forma a escapar,
Aquando essa carruagem passar!...
E entraremos, escalando o degrau,
Sem autoridade de olhar para trás,
Em jeito de um último adeus...
As cavalgadas serão desígnios teus!...
Então subiremos à arena de tal sarau,
Na anfitriã charanga que nos darás...
O resto fará parte duma passagem,
Cuja não aceitámos como miragem!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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