TARDES DE CHUVA...
TARDES DE CHUVA...
Com tal chuva no horizonte,
Neste cadeirão, no qual me estico,
Sinto-me um certo figurão de rico
E ébria inspiração de fonte...
Espreito a passarada e cuja chilreia,
Saltitando, na maior da irrequietude,
Sendo alma, a mais soberba panaceia,
Trazendo de volta a minha juventude...
Esta quietude, tamanha dimensão,
Geradora de sonhos, fuga à confusão
E qual fogueira, nesta doce solidão...
Crepitando, como chama de lareira,
Troncos ardendo pela tarde inteira,
Aquecendo-me a loucura da ilusão!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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