TAPETE CINZENTO
TAPETE CINZENTO
Olhei ao alto e sorri de contente,
Pois que, finalmente,
Tinha-se estendido o tapete
E não iria tardar a chuva,
Após um Verão tão diferente;
Os campos seriam alimentados,
Após irrigação tão demorada…
Era um voltar a ter esperança.
Em toda esta mudança,
É ver pássaros atrapalhados,
Com tal água bem mandada…
Se a terra, solta, a reclamava,
Melhor o infinito a enviava
E toda a natureza agradecia,
O que há tanto se pedia
E num frenesim delirante…
Seria um festejo de ora avante,
Nesta terra que encharcava.
... Tudo corre, minha gente,
Uns para trás, outros pra frente,
Sem guarda-chuva que aguente…
E além da vista alcançada,
Vai-se ouvindo a trovoada,
Em chuva a cântaros, entornada,
Num verdadeiro tudo, ou nada.
... Eu espreito da janela,
Este cenário de repente
E a mim não chegará ela!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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