TANTOS DOUTORES... E ILUMINADOS!
TANTOS DOUTORES... E ILUMINADOS!
Sou um explorador, por princípio e natureza,
Vasculho, espeto o pau por todos os buracos...
Interessa-me desvendar a certeza,
Mesmo algo a que outros chamam de cacos!...
Espeto o dito e remexo, dou volta às papas,
Pela cabeça de tantos iluminados
E só encontro merda, disfarçada sob negras capas,
Ideias fixas, senhores de arrogância e chanfrados!...
Tais asnos sagrados, espaço negro dos burros,
Zurram, como se de megafone, mas coitados!...
Doutores de lição barata, ouvem-se os sussurros,
Sempre que ficam entalados!...
São os esclarecidos, arautos de uma nação,
Mas perdida!... Pobre trilho, cujo lhe foi destinado!...
E ai de quem os enfrente!... São doutores da razão!...
Pelo que espeto o saber, fundo, bem avançado,
Pesquiso e sinto náuseas, vontade de vomitar,
Em tanta merda que encontro e toda sem solução!...
Revoltam-se-me as tripas, numa força de gritar,
Mandar à fossa, tantos doutores de putrefacção!...
Em tanta trampa encontrada e meu mero parecer,
Declaro o mestrado a tais senhores...
Tanto mais que se devem saciar, à colher,
Numa ementa de merda, saboreada por doutores!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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