TAMANHOS FANTASMAS
TAMANHOS FANTASMAS
Estar morto, é estar vivo e não saber viver,
É ter pão sobre a mesa e não saber comer
E sede, numa fonte, sem água para beber...
Ter os pés velozes, sem vontade de correr.
Estar vivo, é estar morto e compreendido,
É perder-se no tempo e ficar reconhecido,
Perder uma luta, sem nunca estar vencido,
Estar bem acordado, estando adormecido...
Ai, estes fantasmas e que me perseguem
E comigo, em noites calmas, adormecem
E sem saberem de quanto me arrefecem!
Ai, tais anjos, que a meu lado se deitam,
Acariciando meus cabelos e me beijam,
Enquanto, ao luar, demónios espreitam!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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