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HÁ LÁ COISA MAIS BONITA...

Alentejo de planícies.jpg

HÁ LÁ COISA MAIS BONITA...

Nestas terras de Portugal,
Há lá coisa mais bonita,
Que os campos do Alentejo,
Os caminhos que lá chegam,
As suas trigueiras papoilas,
O odor da planície
E o horizonte do espaço...
O calor melancólico do Verão,
O silêncio do seu Inverno,
Fugindo do urbano inferno,
Bebendo da imensidão,
Tudo no mesmo abraço,
Na caminhada que se inicie,
Para junto a belas moçoilas,
Essas que nos aconchegam,
De belos olhos, que vejo,
Corpo, que de amor crepita
E não conhecendo por igual!...
Há lá coisa de mais beleza,
Que esta gente de alma,
Amantes de quanta certeza
E sonhando na sua calma!...

Manuel Nunes Francisco ©®
      - Imagem da net -
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

MUNDO E GENTE SURPRESA

Mundo e gente surpresa.jpg

MUNDO E GENTE SURPRESA

O mundo é uma surpresa,
Chave-mestra e porta fechada,
Uma vida demais maltesa,
Procurando tudo, no meio de nada!...
Universo, pelo qual vagueamos,
Procurando sonhos, em aflitos,
Pelas loucuras em que nos damos
E quantas vezes por mitos...
Batalhas, sem planos de luta,
Contra inimigos de tão amigos,
Aqueles tanto filhos da puta
E nos tentam pela ida aos figos...
Em figueiras de fluente azedo,
Podres folhas e hastes deslizantes,
Por noites escuras e de medo,
Em cuja vida nos são marcantes!...
Surpresa, surpreendente mundo,
Falso, pela tanta falsa gente,
De quanto pensamento imundo,
Fera, que nos morde de repente...
Surpresas das surpresas,
Mundo que nos deixa a pensar,
Pelos trilhos das incertezas
E gente de poeira, bailando no ar!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

TANTO ME QUESTIONO...

Tanto me questiono....jpg

TANTO ME QUESTIONO...

Não sei se serei poeta,
Pelos rabiscos que desenho,
Pintor de aguarelas da vida,
Maestro de muda orquestra,
Instrumento de sinfonia,
Se orgulho, sequer agonia,
Uma porta e chave-mestra,
Composição de ave que pia,
Em que próprio me desdenho,
Nalguma figura de pateta!?...
Desconheço o rio que sou,
Em meu leito de tão conciso,
Por entre margens que piso,
Tampouco o mar, ao que corro,
Se vento de tempestades,
Ou de serenas paisagens,
Feito às minhas miragens,
Nesta ânsia, em que morro,
Sem que me espere o tal Hades,
No horizonte da despedida,
Pela verdade em que me dou...
Sei-me filho de um mundo estranho,
Navegante, de velas rotas,
Soltas, combatendo as marés,
Oscilando às ondas de espuma,
Relógio de horas mortas,
Gato, desejando ser puma,
Avançando pelos próprios pés,
Num trajecto que se adia,
Força por quantos caminhos
E naquilo que me empenho...
Sou ave-marias de trindades,
Corda e badalo dos sinos
E anunciando saudades,
Verde de frondosos pinhos,
Entre os quais brincam meninos,
Por entre arbustos e espinhos!...
Sou poeira de tortuosa estrada,
Ruela escura do negro fado,
Conhecendo quem a meu lado,
Mesmo que avançando sozinhos...
Sou mundo, num mundo de nada!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

 

PROVOCAÇÃO, NUNCA MINHA

Provocação....jpg

PROVOCAÇÃO, NUNCA MINHA

Paciência não tenho à provocação,
Assim, nunca me tentem a razão!...
Não concedo cães de fila pela porta
E ao que advém pouco me importa!...

Não são os muros que separam,
Porém, a consciência dos que moram,
De quem alimenta quem provoca
E que de tal linho põe na roca!...

Cada qual comunga da sua liberdade,
Contra tal nada questiono de vaidade,
Ao que a minha liberdade é a questão...

E por essa limitarei a minha fronteira,
Torneando os muros à minha maneira,
Mesmo que seja em forma de paredão!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

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