TÁBUAS E PREGOS, COMO BAGAGEM
TÁBUAS E PREGOS, COMO BAGAGEM
No momento, levarei seis tábuas comigo,
Uns quantos pregos, espetados depois da hora,
Sem tampouco saber se consigo
O tamanho certo, pra não ficar com os pés de fora!...
Depois, será chegada a hora do churrasco,
Com gente à espera, ou simplesmente sozinho,
Enquanto o resto encherá o pote, ou reles frasco,
Esperando que a chama se apague de mansinho!...
Haverá cantos e danças, sorrisos de despedida
E eu, nalgum canto, tudo olharei de soslaio,
Esperando o derradeiro comboio de partida...
Até que tal chegue, em trilhos para o Inferno,
Pois que para o Céu em tal estação não caio,
Sendo de minha conjectura e passeio eterno!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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