SINCERO, É TAL OLHAR...
SINCERO, É TAL OLHAR...
Tudo começa nos olhos...
É com eles que vemos o mundo,
Orientamos os nosso sonhos,
Da serra, indagamos o vale profundo,
Tentando entender onde estamos,
Se num paraíso, ou qual inferno,
Encobertos nas vestes que trajamos,
Escondendo todo o nosso cerno.
Tudo se inicia nalgum olhar,
Quanto amor, ódio, presunção,
Sem que se saiba onde parar,
Numa vida repleta de masturbação...
São, os olhos, todo o reflexo da verdade,
Por muito que disfarçamos a mentira,
A força, vontade de seguir, a ansiedade,
Por mais que uma lágrima nos fira.
Tudo se concentra nesse imaginar,
Na pesquisa de tudo à nossa volta,
Olhando a distante planície e sonhar,
Tendo Deus, ou o Diabo, à solta!...
O olhar, será a verdade indiscutível,
O juiz, de quantos no banco dos réus,
Na busca da absolvição credível,
Chave de entrada no reino dos céus!...
É tudo, nesses olhos, que tal começa,
Alegria, tristeza, verde e senão madura,
A esperança, de quem nunca adormeça,
Na pesquisa e moral, que quão perdura...
Sinceridade nobre, todo esse cintilante,
Observação, enquanto outro olhar nos procura,
Como se regas, nalgum prado verdejante,
De frescos riachos e tanta maior loucura...
Nos olhos, encontramos o que vemos,
Sem que nada se esconda, camuflado,
A realeza de quanto aquilo que somos,
Pois que o olhar jamais será disfarçado!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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