SEGUINDO A VIAGEM
SEGUINDO A VIAGEM
Sigo a viagem... e para onde não sei!
Olho em frente, mirando no cinzento,
Na busca do que ainda não encontrei.
Não quero que isto seja um lamento,
Choradinho de qualquer desgraçado...
Simplesmente um quanto apanágio,
Subterfúgios e a que mais necessário.
Na mais comum, destemida viagem,
Será o olhar, no mais belo horizonte,
O princípio, no fim da pior miragem,
Qual história e que a netos se conte.
Olhar... olhar em frente, ou ao lado
E nunca à retaguarda e tantos erros,
Lembrando o que o diabo esqueceu
E que por este mundo são conceitos,
Provando que a besta não morreu...
Sigo esta minha viagem, amparado,
Por visões de quantos e quão cegos,
Cantando, por vielas, um triste fado
E prisioneiros de seus doentios egos.
Quero despertar e primo ao abismo,
Reconhecer todo este meu percurso,
Sabendo-me precário a qual cinismo,
Saber-me animal e não sendo urso!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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