SAUDADES...
SAUDADES...
Tenho saudades daqueles tempos,
Daquelas escapadelas de Verão,
Dos recantos e dos seus momentos,
De tamanhas loucuras pelos campos
E lugares escondidos como claustros...
Saudades das noites e dos encontros,
Das loucas peripécias que já lá vão,
Desses tempos que tivemos juntos!...
Tenho saudades dos ternos abraços
E das mágoas afogadas em beijos,
Dos espaços que nos foram desejos,
De todos os receios, não tão escassos,
De idílicos prazeres junto ao mar
E de quanto nos era chama de amar!...
Saudades de quanto o prometido,
Atravessando a distante planura,
Fazendo planos de poético sentido
E cruzando os olhares com ternura!...
Afogo-me por tamanhas saudades,
Sem saber qual futuro iremos ter,
Neste presente de contrariedades,
E dia-a-dia de ansiedade,
Na constante incógnita do acontecer,
Enquanto o tempo faz jus à velocidade!...
Tenho saudades desses tempos passados,
Cujos tanto recordo e não mais voltaram...
Ah, como tenho saudades desse pretérito,
Horas, minutos, até segundos abençoados,
Das loucuras, que nova esperança esperam,
Por semelhante futuro e por certo mérito!...
Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.