QUEIMA-ME
QUEIMA-ME
Queima-me nessa tua chama,
No deleito desse forno a arder...
Queima-me o corpo e a alma,
Nessa fornalha que me reclama
E dessa forma que é teu saber...
Deita as minhas cinzas ao mar,
Nesse teu leito em tempestade,
Mas guarda o cardeal do lugar,
Para alguma busca na saudade.
Derrete-me nesse subtil jogo,
Em tal crepitar desse teu fogo
E no suculento das entranhas;
Num penetrar das tuas unhas,
Procura-me, nalgum arranhar,
Sem receio de como terminar...
O importante é como se ama!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )