QUAL A RAZÃO...
QUAL A RAZÃO...
Qual a razão, procurar areia do deserto,
Quando tenho tanta, por aqui tão perto?...
Quero entender o sentido da caminhada,
Por tal areal, em tanta procura mal dada!...
Perco a noção, como se um grão entre tantos,
Com os pés escaldados e escorrendo prantos!...
Questiono se tudo isto me valerá tanto a pena,
Num olhar ao pretérito e tal futuro que acena...
E cujo me saúda, correndo célere, a meu lado,
Sempre e sempre mais rápido, no seu sorriso,
Jogando às escondidas, a jogo encomendado!...
Ah, deixem-me dizer o quanto perdi a noção,
De quanta areia já carreguei e pelo impreciso,
Continuando a busca por desertos da precisão!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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