PROMESSAS QUE SÃO LAMENTO
PROMESSSAS QUE SÃO LAMENTO
Que triste e maquiavélico mundo,
Miseráveis caminhos encontrados,
Poço de interesses e tão profundo,
Na desgraça dos mais desgraçados.
Política de quantos e não políticos,
Na sua usura e na maior ganância,
Guardiões de cofres dos mais ricos
E alheios às palavras e substância.
Num dito por não dito, mentindo,
Fazem promessas a todo o vento,
Desbravando as mentes, iludindo...
E dividem fileiras no parlamento.
Quanto queres, no quanto me dás?
Eis a tal questão, desses charlatões,
Que ora vão à frente, depois atrás
... E é vê-los, no palácio de figurões.
Depois danças tu, agora danço eu
E cuja música é sempre a mesma,
É obra do diabo, que tal concebeu
E deixando rastos como a lesma...
E são moncosos, como os caracóis
Engordando e que nem javardos,
Quantos investem, que nem bois
E eis-nos carregando os fardos...
E tais bestas estão bem definidas,
Passando o tempo a comer palha,
Carregando as favas e mais alfaias
E enquanto nada que lhes valha...
Mas haverá o dia da melhor pega,
Seja ela de frente, ou de cernelha,
Aplaudida por quanta gente cega
E no louvar desta minha centelha...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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