PROMESSAS
PROMESSAS
Tanta é a euforia nestes dias...
Gritos de vozes cortantes,
Destes autênticos figurantes,
À boca das vozes metálicas
De cansados megafones
E sem já poderem mais...
Mentirosos até aos dentes,
São todos como os demais!
São as arruadas, as promessas,
Palavras sem sentido e frias,
As apresentações de palhaços,
Tanto o pobre, como o rico!...
Verdadeiros artistas de circo,
Representantes de bastidores,
Neste encenado teatro de rua
E corajosos bem-falantes...
Eles próprios, cansados e roucos,
Distribuindo beijos e abraços,
Fazem figura de loucos...
A verdade, é nua e crua!
São sementeira de segunda
Em terreno que não fecunda...
Reles farinha do mesmo saco,
Sem mostrarem ponto fraco.
De tanta injúria que vejo,
Escondo-me nestas reflexões
E com tantos elogios praguejo
O dia das eleições...
De meu dever, convido ao voto,
Neste masoquismo devoto!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )