POVO, POVO, POR ONDE ANDAIS...
POVO, POVO, POR ONDE ANDAIS...
Povo, povo, por que caminhos andais
E com esses olhos tão tapados,
Em becos de lama, afogados num pântano
E uns quantos empertigados,
Como pavio que não dá chama?!...
Porque andais tão acorrentados,
Montes de ossos emoldurados,
Senhores de um nariz que não é vosso,
Mas cheirando o rabo ao sistema,
Aos Partidos que vos exploram,
Vos manipulam, nesse já pouco ser,
O cérebro, – se é que ainda existe! –,
Nessa pobre cabeça demente,
Que adormece e se levanta inconsciente!?...
Quando será o tempo de saírem da lama,
Num passo em frente, rasgar o padre-nosso,
Escrever um outro tema e lema,
Cuspir quem tão falso vos adoram
E cujos milagres vos vêm oferecer,
Nalguma mentira que tão persiste!?...
Persigam tal matilha de chacais,
Soprem-nos em batalha de cano...
Povo, povo, acordem e não só de madrugada,
Que a sela é vossa e numa luta desmesurada!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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