POETA QUE VOU SENDO
POETA QUE VOU SENDO
Poeta fui, já poeta não sou,
Num corpo que vai fluindo,
Do mundo a que não estou,
No tempo que vai partindo.
De tais margens me afasto,
Remando contra a corrente,
Por este leito quão nefasto
E com nevoeiro pela frente.
Sigo tal percurso das águas,
Caso não haja tempestades,
Levando às costas as tábuas...
Quero construir um refúgio,
Guardando certas saudades
E que me sejam subterfúgio!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.