PENA DESTE POVO...
PENA DESTE POVO...
Ai, pena que tanto tenho,
Deste povo adormecido,
Que passa a vida à janela,
Olhando sonhos prometidos,
Nalgum sono vencido,
Sem nada colocado à mesa,
Sequer fervura na panela
E cardápio esquecido!...
Gente, de fervor tacanho,
Acomodada ao seu destino,
Candeia a futuro merecido,
Apagados pavios adquiridos,
Escola de quanta certa defesa
E vasculhando, em pio fino!...
Ai, imensa dor que me dão,
Tais seres, naquilo que são,
Almas de cabrestos e contentes,
Sem garra, nem de repentes
E que os façam acordar!...
Triste gente, sem volta a dar!
Manuel Nunes Francisco ©®
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