PARASITAS DO PENSAMENTO
PARASITAS DO PENSAMENTO
Drástico, horrendamente punível,
Esta lusa sociedade de carpideiras
E chorando artífices, após a morte
E até então entregues à sua sorte...
Choram-se as artes, fora de norte
E sem que a bússola aponte beiras,
Nem beiras, a telhados de sofrível...
E artistas morrem, demais pedintes,
Sem que as obras sejam glorificadas,
Mas todos admirando tamanha arte,
Desde que numa borla e surripiadas...
Quanto a pagar, são maus ouvintes!
Reles sociedade e de tais ignorantes,
Pelo que a Cultura geme no Inferno,
Em tamanha hipocrisia e nestes céus,
Espectadores a bater palmas à conta,
Que bastidores da obra não importa,
Sendo trabalho em clima de Inverno,
Em Verão derretido e banco de réus...
Tão horrível, miseravelmente ignóbil,
Ler, escutar, ver, por conta aprender,
À custa do trabalho de quem pensou
E pelo qual nunca poderá sobreviver,
Mesmo havendo quem tal comentou,
Em lindas palavras de um qual imbecil!...
A escrita, a música, a pintura, tais artes,
Têm direitos de autor pela composição,
Sem direito ao uso por qualquer ladrão!...
São caminhos meus e de demais artistas,
Que não merecem calcares de parasitas...
Por entre toda esta e tamanha questão,
Quem de vós gosta de trabalhar em vão?...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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