PALAVRAS SOLTAS
PALAVRAS SOLTAS
A mim, já nada me espanta
Quando se abre a garganta,
Dizendo o que se não deve...
Tantas palavras, sem futuro,
Como pão seco e já tão duro,
Que não convencem alguém...
Espasmos de um zé-ninguém,
Articulações, boas calinadas,
Sem sentido, demais tontas,
À espera de quem as leve...
É poema escrito sem rima,
Tentando subir ao de cima,
Impresso no melhor papel
E feito embrulho de farnel;
Alquimia de quem procure
Panaceia que tudo cure...
São vazios, palavras soltas,
Meras pautas incompletas,
Instrumentos desafinados
E em palco abandonados...
Pedra filosofal dos pobres
À falta de metais nobres.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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