OLHO ESTA SOBERBA IMENSIDÃO...
OLHO ESTA SOBERBA IMENSIDÃO...
Encosto em qualquer berma
E bebo do silêncio envolvente,
Do chilrear dos pássaros,
Da aragem fresca, em carícias...
Saboreio o aroma da terra
E da imensidão do verde,
Das flores que ainda resistem.
Recolho um imagem,
A que seja recordada,
Num futuro em que nada exista,
No evidente e não por vidente...
As sobras serão os fumos de guerra,
As balas, os colapsos da bolsa,
Os corpos esfomeados e misérias,
Das promessas que nos mentem
E sonhos que nos sairão caros,
Utopias, não passando de miragem!...
Sigo esta minha estrada,
Pelos campos rasgada,
Ou em tanto sinuosa e falsa,
Mas de uma paz abençoada,
Por quanto a vista avista,
Porém numa reflexão tanto enferma...
E fervendo-me as artérias,
Mas desfrutando as ainda delícias...
Um colorido do céu, em final da tarde,
Num imenso de nuvens que restam
E encenado espectáculo que mostram!...
O mundo é ainda belo!...
Oiçam o seu derradeiro apelo!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( francisfotoProfimagens ©® )
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