OLHA-TE AO ESPELHO ( Reflectido )
OLHA-TE AO ESPELHO ( Reflectido )
Lamento a verdade e tão crua,
Neste pensamento e muito meu,
Nessa maldade e que é tão tua,
Sem nunca entender o que te deu...
Quando passares a esta porta
E, no teu olhar, me censurares,
Ou quando te cruzares na rua
E que me apontes o teu dedo,
Sempre que te olhares em casa,
Diz-me aquilo que em ti verás,
Nalguma imagem confundida
E que tanto em ti merecida,
Quando te olhares ao espelho...
E, de muito certo, não chegarás
A qualquer pena de minha asa,
Tão-pouco a cabo desta grua,
Nessa tua mente e tão torta,
Em tal presunção e falsos ares,
Nestas ideias, a que não cedo,
Neste orgulho e de tão velho.
Portanto, não me questiones
E em tempo algum me condenes,
Sendo que a este não chegarás
E muito menos me encontrarás...
Nunca te julgues mais e que alguém,
Ou que este pobre e zé-ninguém,
A quem nunca alcançarás os pés
E sendo, tu, a pessoa que és...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( francisfotoPROfimagens )
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