OLHA-TE AO ESPELHO (Espontâneo)
OLHA-TE AO ESPELHO ( Espontâneo )
Lamento esta verdade, tão crua,
Pensamento que é meu,
Nessa maldade que é tua
E sem saber o que te deu...
Quando passares à minha porta
E, no teu olhar, me censurares,
Ou quando te cruzares na rua
E me apontares o dedo,
Quando chegares a casa,
Diz-me aquilo que verás,
Nessa imagem confundida
E não mais que merecida,
Quando te olhares ao espelho...
De certo que nunca serás
Uma pena da minha asa,
Um cabo da minha grua,
Nessa tua mente tão torta,
Presunção de falsos ares
E ideias a que não cedo,
Neste orgulho e já tão velho.
Por isso, nunca me apontes,
Muito menos me condenes,
Tanto que a mim não chegarás
E muito menos me encontrarás...
Não te julgues mais alguém,
Que este pobre zé-ninguém,
A quem não atingirás os pés
E sendo, tu, a pessoa que és...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( francisfotoPROfimagens )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.