O QUANTO PAREÇO
O QUANTO PAREÇO
Se sou, não pareço e, se pareço, não sou...
Não pareço o que sou, nem sou o que pareço!
... Nunca ninguém me amordaçou,
Nem autorizo o que não mereço!
... Não me calo, mas oiço atento,
Com qualquer outro aprendendo,
À espera do melhor momento
E do qual não me arrependo.
Não sou, o que tantos queriam ao jeito,
Nem pareço, quem alguém se lembrou,
Sou tudo, aquilo de que sou feito,
Alguém que, de mim, nunca mudou...
Estando melhor que ninguém,
Talhado em mim e a meu adorno,
Quem me odeia é outro alguém
E com a doença de corno!
Não pareço, –mas sou!–, quem gostariam de ser
E que nunca a mim chegarão...
Nem na hora de morrer,
Por mais que queiram, não serão!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( francisfotoProfimagens ©® )
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