O DIVINO E O PROFANO
O DIVINO E O PROFANO
O divino é presença, na ausência do demónio,
Em paraíso e férias, momento de purgatório,
Neste inferno do momento, demais presente
Em percursos de lama, nesta vida de repente.
A imprevisível justiça e nas maiores injustiças,
Num arco, recheio de vícios, tantas preguiças,
Gente perdida em deserto de areia, no nada,
Gritando no desespero, tamanho malfadada.
O divino, nada mais é do que purga e banho,
Bater no peito, em arrependimento tacanho
E em remorsos, remissão ao impuro, pecado,
Em tudo o demais a que se sente apontado...
É um tal fugir a quantas irresponsabilidades,
A actos incorrectos e talhados em maldades...
E o mergulhar a cabeça, chamar de profano
Ao quanto mais não quer ver e por engano.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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