NO DESPIR DA NOITE
NO DESPIR DA NOITE
Nesta esculpida e álacre madrugada,
Rompem teus raios, febris e ciosos,
Imponente sol, sopro da vida,
Rasgando a noite e esconderijo,
Iluminando tudo à tua volta,
Num sacudir da cama os ociosos,
Por tão poderosa força acutilante,
Tremendo júbilo cintilante
E aquecer tudo o que ande à solta...
Este caminhante, da noite despida
E recolher ao refúgio, onde me dirijo,
Em busca de uma calma merecida.
Teus disparos de luz, são flechas
Penetrantes, ardentes, como chamas,
Nas mais incógnitas direcções,
Espicaçando os mais ténues corações,
Em reflexão de um quanto desejado
E na esperança que seja alcançado...
São manto de protecção,
Cobrindo este leito, em tais carinhos,
Meigo estender da tua mão
E aconchego nos piores caminhos,
De tantos e já sem conta, lamentos
E de quantos melhores momentos...
Teus raios são prazer em que me deleito,
Sabores deste meu mundo,
De qual amor, o mais profundo
E pouco a pouco desfeito...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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