NÃO APONTEM O DEDO...
NÃO APONTEM O DEDO...
Não apontem o dedo aos motociclistas,
Afirmando-os de loucos...
Digam, antes e sim, que são poucos,
Aventureiros, arrojados e sonhadores,
Sendo tais máquinas seus segundos amores,
Por estradas, em cujas são alquimistas!...
São os derradeiros, aqueles que adoram as curvas,
Conquistando-as, em batalhadas facetas,
Evitando as espalmadas rectas,
Quantas vezes em situações turvas,
Gostando de lhes dar a volta, de as tornear,
Fazer delas a maior explosão de sentidos,
Entrar nelas em tal sedução e saborear,
Concretos, independentes e definidos!...
São loucos, num mundo demasiado à parte,
Como se pintura, música, poesia, qualquer arte
E crentes que um dia a vida termina...
Buscam a liberdade, que só a mota defina!...
Manuel Nunes Francisco ©®
- Imagem da net -
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.