MUNDO, GENTE, SEM CONVICÇÕES...
MUNDO, GENTE, SEM CONVICÇÕES...
Nesta contemporaneidade, poucos têm ideais,
Já são tão raros aqueles de convicções!...
Todo o mundo marcha por caminhos vassalais
E pelos quais só procuram os milhões!...
Toda a gente se vende e nalgum desbarato,
Nada importando, seguindo-se a melhor oferta,
Pois que este mundo é freguês do aparato
E vendedor de qualquer riqueza que desperta!...
E ai de quem seja pássaro de outros beirais,
Pois que o melhor telhado lhe cairá em cima,
Enquanto os demais se usarão dos serviçais!...
Os tais, que se vendem e irmãos venderão,
Servindo a qual poesia, cuja tão-pouco rima,
Mas seguindo escrita a semelhante cabrão!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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