MUNDO ESTRANHO, ESTE...
MUNDO ESTRANHO, ESTE...
Mundo este, estranho!...
Este globo, que é espelho,
Das águias olhando o azul, ao alto,
Sonhando por altos voos...
Mas que mundo tão tacanho!...
As víboras, abrindo as asas, voando
E todo o resto sonhando,
Adormecidos, piscando de esguelho,
Enquanto apanhados de assalto
E em atados de quantos molhos...
Universo de renegados,
Vendidos aos mais estranhos,
Cobras, sanguessugas, depravados,
Alimentando-se de quantos tacanhos!...
Mundo, torrente de tantos esgotos,
De gente sem os tais escrotos,
Onde alberguem os colhões,
Cegos e surdos, às suas razões!...
Mundo e qual multidão tão lerda,
Por ventos e horizontes de merda!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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