MUNDO DE PARASITAS
MUNDO DE PARASITAS
Escancarem-se as portas deste mundo,
Neste frio e que nos gela as entranhas...
Deus dos crentes, como posso ficar mudo,
Se não nos salvaguardas a tantas manhas?...
Teus filhos, – se ainda o são! –, estão loucos,
Perdidos, pelo quanto fazem,
Por rotas do egoísmo e tanto moucos,
Espelhados de virtual imagem.
Justificam-se os fins e ninguém se conhece,
Pelos meios em que nada importa,
Salva-se quem puder, não quem merece
E ficando de fora, no bater da porta,
Homem, mulher, criança, ou velho,
Preto, branco, vermelho, amarelo,
Tenha mansão, ou viva sem telho,
Não interessando ser, mas parecendo sê-lo...
Ai, estas malditas correntes de ar,
Que e demais, já nos sufocam
E que, por este maldito andar,
Balançam a corda, com a qual nos enforcam...
Proxenetas, políticos, astuciosos parasitas,
Prostitutas e exploradores de prémios,
Estendendo armadilhas, em caças malditas
E declarados membros dos mesmos grémios...
Advogados, juízes, armados de bem,
Fazem-se em fila e de garras afiadas,
Desmembrando tudo e quem algo tem,
Espalhando sangue nas suas dentadas...
Cerrem-se as portas aos ventos que sopram
E deixem que sigam a sua onda, de mansinho,
Mas não se temam, ou se calem, ao que falam,
Por mais que gerido e tenebroso, tal caminho.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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