MINHAS RUDES PALAVRAS
MINHAS RUDES PALAVRAS
Fogem-me as palavras, para a verdade
E enquanto retrocesso no pensamento,
Quantas vezes presas nalguma saudade,
De melhores alturas e outro momento...
Quantas vezes tendo medo do que digo
E sem a verdadeira noção dessa firmeza,
Palavras soltas, da boca de quem amigo
E outras tantas soletradas numa rudeza...
Mais as que ferem, como pontas de aço,
Que aquelas cobertas de certa melodia,
Talvez que façam parte do desembaraço
E força de quanto me exprimo dia-a-dia...
Como sei e na certeza de quantas delas,
De tão sinceras, que revolvem opiniões,
Feitas por encomenda pras piores feras
E demais entraves a portas de ladrões...
São revoltas, nas mais revoltas criadas,
Uma dádiva de luz a tantos miseráveis
E esquecidos, nessas vidas malfadadas,
Enquanto alguns arrotam e saudáveis...
Serão as minhas rudes palavras, cruas,
Que uns odeiam e os demais adoram...
Para ti, que és fraco, estas serão tuas
E serão minhas.. para os que choram!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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