MINHAS CINZAS
MINHAS CINZAS
Serei as cinzas, que se tornarão acendalhas,
Ateando quantas fornalhas
E que te queimarão, nas maiores chamas,
Nessa maldade e por aqueles que tramas.
Serei cinzas, atiradas ao mar,
Às águas em que irás navegar,
Depois da minha passagem,
Desta, para a outra margem...
Serei teu travesseiro, à noite,
Em quantos dos teus pensamentos,
Em confissão de alguns tormentos...
Serei telha, de casa que te acoite,
Lençol e manta, um teu agasalho,
Pão na mesa, feita do melhor carvalho.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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