MINHAS CAMINHADAS
MINHAS CAMINHADAS
Sigo caminhando e ao longo do curso das águas,
Olhando algumas olhas que, ao de cima pairam,
Pelos seus mais caricatos contornos e formação,
Como sem saber, nem pressas, para onde vão,
Mas, ao baixo e no sabor da corrente, deslizam
E, a seus mais perdidos destinos, sem tréguas...
E sem o tempo a contar e por espaço que reste,
Lá se navegam, como se olhares sobre o corpo,
De alto a baixo e em desvios um tanto alheios
Ou, quem sabe, se por promíscuos serpenteios,
Pois que, tal delírio, foi a visão que ofereceste,
Tal como os óleos que deslizam por este tempo...
Atraem o nosso olhar, tais as cores convidativas,
Sem quais reservas, ou questões interrogativas,
Por esses trilhos, demais batidos, que desbravo
E que, perante os que passam, me dizem parvo...
Mas continuarei, por esta minha loucura e ritmo,
Observando tudo o que me rodeia e tal espanta,
Aprendendo o que poucos ousam compreender,
Pois que é de minha natureza e saudável íntimo,
Que a maioria não entende, nem quer perceber...
E se percebessem, elevariam as mãos aos astros,
Esqueceriam críticas, poupando mais a garganta,
Deixando de apontar o dedo, pensando-se castos!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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