MINHAS BUSCAS...
MINHAS BUSCAS...
Procuro-me na imensidão do universo,
Busco em todas as direcções e tropeço,
Pois que tantos são os socalcos do trilho
E volto atrás, revolvendo tudo ao avesso,
Interrogando se há algo demais que peço,
Ou se nesta berma o desaventurado filho...
Procuro-me por vales, atoleiros, serranias,
Mares de tempestades, rios desinquietos,
Espaços azuis, repletos de nuvens negras,
Com promessas de arco-íris, durante dias
E se desfazem como erros de arquitectos,
Deixando ao abandono quantas as regras...
Procuro-me e não me encontro satisfeito,
Sem encontrar a entrada para outro lado,
Ao que as portas se fecham num repente,
Sem saber se é regra, ou tamanho defeito,
Se é uma guerra em que andei desarmado,
Ou prisioneiro pela mais robusta corrente...
Procuro-me, numa esperança de encontrar,
Olho-me no interior e cada dia menos vejo,
Não sabendo qual cegueira que me ofusca,
Sabendo que, um dia, a busca tem de parar,
Portanto que de há muito seja meu desejo,
Nesta minha procura e farto de tanta busca!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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