MEU PRETO E BRANCO, POR CINZENTO
MEU PRETO E BRANCO, POR CINZENTO
Sei da existência do preto e do branco,
Continuando, eu, por zona do cinzento,
Talvez que seja louco, ou tanto franco,
Pois que não só de cores me alimento...
Faço as minhas misturas pelos brancos
E andando às apalpadelas pelos pretos,
Em misturas perfeitas de celestes arcos
E espectros de cegueiras e dos espertos...
Encaminho-me pelos claros das ilusões
E tropeçando em quantas negras cores,
Em que as palavras são farsas e sermões...
Telas de linho, esquartejadas por raivas,
Aguarelas envenenadas, ditadas amores,
Águas de Verão e seguidas de saraivadas!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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