MENDIGOS
MENDIGOS
Como latente peão de rua,
Não sei mesmo o que faça;
Se fique aqui a olhar a Lua,
Ou se chore a minha raça?...
Os caixotes ficaram vazios,
Ao romper da madrugada,
Foram mais os corpos frios,
Que as pedras da calçada...
Eram tantos os mendigos,
Tamanha as suas misérias
E débeis seres ressequidos.
Ásperas vestes, retalhadas,
Eram conforto às artérias,
Secando almas molhadas...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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