MÁSCARAS DE SANTIDADE
MÁSCARAS DE SANTIDADE
Sou o que sou e sem mais saber,
Nem tampouco quem mais sou,
Em confronto e, neste meu ver,
Com o mundo que me chamou.
Sou pecado, perfeita santidade
Num cair do mais perfeito altar,
Excomungando tanta bondade
E que ao meu redor vem parar.
Mãos doridas de bater o peito,
Tais são os tamanhos pecados
E olhar o Céu a qualquer jeito.
Mas eu, longe do mais perfeito,
Disfarçado no meio dos fracos,
Sou o diabo, na figura de santo.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )