LIMITES DO TEMPO
LIMITES DO TEMPO
O tempo passa... passa-nos ao lado
E sem que o queiramos admitir!...
Passa, como líquido volátil que arde,
Sem pena de quem irá sucumbir,
Veloz e galopante,
Sendo cada momento um instante,
Num risonho, ou triste fado
E não há nada que o retarde.
O tempo é-nos fugaz
E prova-nos do quanto é capaz,
De mansinho, astuto e glorioso,
Provando tal arte de manhoso!
O tempo passa, recolhendo quem parte,
Numa angústia de quem fica...
É monumento que se lhes edifica,
Nesse momento de suprema arte!
Só parte quem se esquece...
Parte a matéria, mas fica a alma
E de quem mais a enobrece,
Pesando que parta em onírica calma!
O tempo passa, porquanto o acompanhamos...
E tudo, nesse espaço, tem o seu limite,
Qual relógio sem corda, no seu silêncio,
Tal destino que não se omite,
De toda uma vida de prefácio...
E quem parte, que não o esqueçamos,
Ao que a vida e morte são igual sentido
E quem parte não nos quererá vencido!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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