FIGURAS DE BARRO...
FIGURAS DE BARRO...
Pobres sociedades, figuras de barro,
Às mãos e moldes, de certos artífices,
Rodadas de quebradiça argila e sarro,
Negócio num mercado de aldrabices!...
Reluzem, numas quantas pinceladas,
Do mais reles verniz e infame oficina,
Numa qualquer direcção e mal dadas,
Reflectindo o que outrem nele opina!...
São as sociedades às quais chegámos
E cujo pensar dá demasiado trabalho,
Ao que os espertos pensam por elas...
Sem que interesse a altura da ravina,
Mas pensar levaria a peculiar atalho,
Perdidos ao que a cabeça se destina!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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