ESTE MEU DESTEMIDO NOJO...
ESTE MEU DESTEMIDO NOJO...
Sabem, há certo nojo e que em mim se entranha,
Contra a demais nojenta sociedade envolvente,
Hipócrita, egoísta, vendendo bíblias de patranha,
Mas nenhum equiparado livro de quão decente!...
Era bom que tivessem um delicado entendimento,
Deixando-se de lamúrias, em criticas incendiadas,
Fazendo do peito tambor, a tão falso sentimento,
Em mascaradas virtudes, por palcos de palhaçadas!...
Sabem, conheço os vossos traços de tão escárnio,
Humildades do mais podre e pelos piores esgotos,
Sorrisos encobertos, cinzentas nuvens de invernio...
E, assim, sinto nojo, naqueles vómitos arrepiantes,
Ouvir-vos e descodificando tal falsidade de rostos,
Nos quais se disfarçam, como tantos comediantes!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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