ESTE DESPERTAR
ESTE DESPERTAR
Neste meu ébrio despertar, repenso
Na tristeza, penosa e tão lamentável,
De quem nunca acordou para a vida...
Esse nascer sob um pôr-do-sol radioso,
Num desconhecido e infinito universo,
Em que cada cor nos irradia um sonho,
Tal a prodigiosa quietude e nostalgia,
No mais perfeito mergulho de magia,
Sobre uma nuvem do céu, perdida...
E meramente se olhou, tal a cegueira!
Será o princípio de um final medonho,
O deambular nesse nevoeiro intenso,
Em contraste com algo de imaginável
E fintando a madrasta vida, matreira,
Que mais valerá estar só, livre de seu,
... Só e entregue a si, que acorrentado
A perversos princípios de mera ilusão,
Pois de mais que isso nunca passarão,
Por tanto que o tempo seja dilatado.
Quando adormeço, acordo em sonhos
Que tanto gostaria de ter acordado...
Estando de braços abertos ao mundo
E nalguns poemas líricos e profundos...
Ver espelhos de sorrisos, como o meu!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( francisfotoProfimagens ©® )