ESTA FILANTROPIA
ESTA FILANTROPIA
Não sei se é tempestade de filantropia,
Ou se um grito, no meio de tanta agonia,
Mas sei, -se sei!-, no meio de tanta peia
Há esta tristeza, que me fustiga a ideia.
São tantas as vozes, quantos os prantos
Espalhados ao vento, semeados conflitos
Derramados por campos, cobertos de gritos
E bombas caídas do céu, sobre anjos aflitos.
É neste perfeito drama de Dante, esta obra
Ainda mais perfeita que toda a imperfeição,
Pois tal é arte do homem e à sua dimensão.
De todas as peças perfeitas e a tal manobra,
São os restos da desfeita carne para canhão,
Que a besta vende, devora sem compaixão.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )