EPIDEMIAS VIRAIS
EPIDEMIAS VIRAIS
Os vírus, são o teste à louca sociedade,
Fraca e, na maioria, doentes mentais...
E vivendo sempre numa tal ansiedade,
Loucos e em perfeitas fases terminais!...
Os petizes, coitados, devem beber água,
Ou tais sumos açucarados, sem remorsos,
Fabricados na forma mais contaminada...
E ao que saudável é ingerir a tal cafeína,
Nalguma mistura de semelhante droga,
Mas nunca café, – pois que esse faz mal! –
E de maluco é feito, quem tal interroga...
Eu já teria partido, nesses pensamentos,
Pois sempre me foi sabor de momentos!
Para os adolescentes, o vinho nem vê-lo,
Enquanto as espirituosas muito menos!...
Nuns artilhados e a que chamam carros,
Lançam-se às saídas nocturnas, charros,
Muitos xotes e qualquer merda que tal,
Qualquer gaja, a quem chamam garina,
Tudo numa mistura e na maior pedrada
E coitadinhos desses, ainda tão meninos,
Que só bebem o leitinho e do pacotinho,
Gabam-se os pais, amigos, os avozinhos,
Até quem não ousa apontar, os vizinhos!...
Será para se parecerem a qual vitelinho?!...
Era gastar muita água e pras mãos lavar,
Bastando e no máximo, uma vez por dia,
A que desgaste e consumo, fosse trégua,
Não se criassem algumas maleitas e azia!...
Ah, a carne!... essa, pro menino, tem ossos,
Enquanto o peixe também tem espinhas!...
E o ideal são as bolas de tal chamado pão,
Daqueles muito saudáveis hambúrgueres,
Ou o qual pãozinho folhado, nas cantinas,
Certo gelado, empanturrando às colheres
E, caso se diga não, arma-se uma confusão!
Assim vão crescendo, nas mínimas defesas,
Porquanto a química necessita de facturar...
E são somatórios a tal "gente cor-de-rosa",
Num particular respeito pelas diferenças
E porquanto, sendo o que são, diferentes,
Na sua diferença, são deveras inteligentes!...
Os tais inteligentes vírus vão-se instalando,
Nessa sua maneira, simplesmente vitoriosa
E enquanto uns hospitais se vão enchendo
E por quantos demais negócios florescendo,
Agências de cangalheiros vão engordando...
Sabem, eu não sou médico, menos profeta...
E talvez que esta conversa seja uma treta,
Ou tudo isto não seja solução para a cura...
E que eu próprio faça parte duma loucura,
Será e sobejamente, importante sabê-lo,
Por quantas das mais diversas incertezas...
Mas serão, talvez, princípios das doenças!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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