DEMOCRACIA - DEMOKRATÍA (Δημοχρατία)
DEMOCRACIA - DEMOKRATÍA (Δημοχρατία)
Podres democracias são assim
E em tais países como o nosso!...
Acordem e respondam por mim,
Porque gritar mais já não posso!...
E tal banco ficará mais podre,
Na espera de quem o sentar...
Não sobrará qualquer cobre
Para quem fique a mendigar!
... Mas há quem se vá sentando,
Por hemiciclos de bom sustento,
Ficando por ali e grasnando,
Em promessas de esquecimento!
São muitos, tantos democratas,
Políticos e quem os apoia;
Enquanto uns andam de gatas,
Outros cobrem-nos de poia...
E, poucos havendo quem refile,
Muitos se entregando a Deus,
Passivos, seguindo no desfile
E tropeçando em passos seus!...
E, se engordam à nossa conta,
Bem que andam rechonchudos,
Em contas de grande monta
E por festas de pançudos!...
O povo, esse apanha as canas,
Dos foguetes e que pagaram,
Afagando as vestes dos sacanas
E que as suas sempre cagaram...
E ainda a procissão vai no adro,
Enquanto o padre no andor,
É tão lindo este quadro
E feito com tanto ardor!...
Ah, gente, que vai navegando o rio,
Talhando esse seu caixão...
E não querendo aceitar o frio
De quantas lágrimas e a razão!...
Democracia, tal sublime doutrina,
Helénico popular domínio,
Anda de novo em surdina
E por travessas do declínio!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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