CHORAR AS MONTANHAS
CHORAR AS MONTANHAS
Olham-se as sobras e as montanhas,
Cor de cinza, ou de negro, pintadas,
Negócios à socapa, somas tamanhas,
Mentes sujas, de sangue manchadas.
Acarinha-se o que de restante ficou,
Dessas chamas, a interesses ateadas,
Vidas perdidas, ou quanto se chorou,
Acutilantes vozes, que já esquecidas.
Sentados à mesa, enchendo a pança,
Soltam-se galhofas, agradecimentos,
Dividindo dinheiros, em tal bonança.
Somam-se tantos e chorudos lucros,
Escolhem-se, sem arrependimentos,
Outros recantos e incêndios futuros...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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