CHAMO-LHE DE PUTA
CHAMO-LHE DE PUTA
Chamo-lhe de tudo, até de puta!...
Mas se soubessem o sentido
E imaginassem como gosto dela,
Quantas vezes deveras perdido,
Num receio de perder tal luta,
Por entre tamanha escapadela...
Mas ela sabe qual a minha razão
E assim, fiel comparsa, me segura,
Na mais sincera compreensão,
Mesmo que a solução seja dura!...
Esta puta, espelha sorrisos e morde-me,
Espelhando toda a realidade
E, por entre sabores, consome-me...
Agarra-me, numa tamanha vaidade
E não me querendo deixar partir...
Depois, demais entrelaçados,
Acordamos o trajecto a seguir...
E chamo-lhe de puta!... Puta de vida,
A minha e a de tantos desgraçados,
Com uma meta por despedida!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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