CAUSA REAL
CAUSA REAL
Ah, Nobre Rei!... À tua Causa Real,
Porventura derradeira esperança,
Serás a alma deste ainda Portugal,
De qual ainda nos seja lembrança.
Nesse sangue luso, por si tão rubro
E valorosos planos de cores celeste,
Traços de branco, em espaço negro,
És batalha viva, nesta luta agreste.
Teus antepassados te serão a força
Que necessitas a novas conquistas
E tua chama a luz que nos ilumina,
No escuro de outros, tanto revistas,
Que sejas o punho e nunca desistas
Dos passos, no trilho de outra sina,
Desta nação mulher e ainda moça
E nessa tua aventura mais resistas.
Gosto de gente que defenda causas,
Que não fale ao deus-dará, por falar
E tão pouco, ou nada, tenha a dizer,
Tão-pouco de concreto a convencer...
Tanto que esses me causam náuseas
Em tais disparates, tamanho palrear.
Em ti, Nobre Servo desta fraca gente
E de tão pouco, ou nada, te merece,
Vejo um paladino e lutas de valente
E demasia da plebe cujo te esquece.
Segue esse teu confronto e vitorioso
Da sentença que a ti nos chamaste,
Tornando tal povo de novo glorioso,
Nesse brado, que a tal me lançaste...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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