CASTIGO MERECIDO, DE UM DIA...
CASTIGO MERECIDO, DE UM DIA...
Um dia, teremos o tal devido castigo,
Do céu virá quanto o tanto merecido,
Sem poupar ninguém, sequer amigo,
Pelo que será esse o certo concebido...
Continentes sacudidos por terramotos,
Sendo varridos por imparáveis tufões
E as costas devastadas por maremotos,
Até as rochas arrastadas, feitas balões...
Vindo de cima, teremos chuvas ácidas,
Tantas e intermináveis ondas de calor,
Enquanto as aves se sentirão perdidas,
Sem que nada pare, seja a qual clamor...
Dos diversos oceanos virão inundações,
Em entrada por terra e terríveis ondas,
Pelas mais mortes ao que as emoções
E arrastando tudo pelas várias rondas...
Tais águas, tudo sugarão para o fundo
E quer sejam rios, lagos, ou glaciares,
Num novo preparo ao fim do mundo,
Para lembrança de uns cegos olhares...
Aqueles que até então olham a Terra,
Essa que ardia, dia e noite, sem parar
E nas cinzas que deixou, como guerra,
Sem o mais mínimo verde por sobrar...
As sombras serão passado recordado,
As fontes ficarão por secas e de vez,
Para que o homem lembre o recado,
Cujo lhe foi dado, mas que nada fez!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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